Por causa da obesidade, a noticia de estar gravida não me correu bem ,fiquei muito assustada com a responsabilidade de ser mãe mesmo com 26 anos,não importa a idade a ideia de morrer e deixar um filho para outra pessoa criar me angustiava.
Mas acabou que a gravidez foi um dos momentos maus saudáveis da minha vida, menos na mente parecia uma maluca sem pele, alguém falava e eu gritava meu marido passou por poucas e boas,lembro de ter chorado por 3 dias por ele ter ido em um lugar aonde eu não podia ir pela gravidez já de 8 meses, todas as inseguranças que eu me protegia de sentir como ciúme e carência, apareceram sem ordem e pior não controlava meus sentimentos apenas sentia.
E tinha medo por sempre ouvir que com o peso que tinha ,não poderia ter sido mãe, mas deveria saber que era mentira como as outras contadas para mim anteriormente, aumentei de peso inchei bastante mas fora isso não tive grande problemas até no dia D, estourou minha bolsa as 6 e meia da manhã e meu filho nasceu de parto normal com anestesia , as 8 e 22 da noite apesar de ter muita dor e não lembrar direito como foi,na minha cabeça a preparação demorou mais que o parto.
Meu filho nasceu como Apgar de 9 e 10 que é considerado bom, apesar das 37 semanas de gestação mas a vida é um mistério que médicos e cientistas não desvendam de forma alguma.
Quando tinha 7 meses ele parou de balbuciar como as crianças fazem, lembro dele só me chamar quando estava em apuros, fazia tudo que podia sozinho depois de uma ano e meio não falava , mas em outras funções tinha desenvolvimento normal,me falaram para colocar ele em uma creche porque ele não tinha contato com outras crianças , poderia ajudar mas mesmo na escola ele já tinha mais de três anos e falava poucas palavras e ainda muito errado,então me foi indicado que levasse ele, a especialistas aqui na minha cidade tem um projeito da prefeitura mas demorou mais de uma ano, para ele ser atendido ,depois de umas sessões, deram o diagnóstico como Espectro de Autismo.
No fundo eu achava que ele tinha Autismo mesmo, porque quando você falava com ele ele olhava e sorria não tinha grandes interações como eu nunca convivi com crianças , nunca soube saber o que era normal ou não e quer saber ,não sei até hoje.
Entrei em choque ,chorei horrores me culpei bastante ,mas depois desse diagnóstico tinha que leva lo a um psiquiatra para dar o diagnóstico só médicos podem, fui atendida por uma residente, a medica mesmo eu nem vi a cor fui lá algumas vezes, entrei com o medicamento que deram, mas não consegui prosseguir não iria me conformar se ele tivesse a imaginação podada,não me conformo com as crianças de agora eles querem ser adultos e os pais incentivam isso.
Hoje ele tem 7 anos tem dificuldade na fala, mas fala o tempo todo não sei o que houve mas ele mudou muito, tem a imaginação super fértil vive no mundo dos filmes, lê interage com os amiguinhos na escola imagino que é feliz.
Teve acompanhamento com uma psicologa por um ano e até hoje não levei ele ao Fonoaudiólogo por que ele tem muita dificuldade em fazer o que falam pra ele fazer , como sofro do mesmo mal , estou esperando o tempo dele.
Como mãe vivo com o pescoço perto da corda ,sou autoritária demais sempre foi meu erro ,mas nunca sei se devo apertar ou soltar, o que é do EA ou se ele só é uma criança com uma grande imaginação e um problema de fala.
Doenças assim são realmente doenças ou alguma forma de rotular as pessoas?
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