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A beleza de acreditar em si.






Eu não sei se tem necessidade,de explicar que esse texto é muito pessoal,mas tive um insight esses dias e não queria que isso passasse em branco.

25 de junho de 2015  nasci em 1980,minha mãe sempre fez muita questão de dizer que fui a criança que ela sonhou a amiga que ela queria, ela planejou meu nascimento,escolheu meu nome que veio de fotonovelas,talvez essa parte explique o excesso de drama.

Confundiu contrações com vontade de ir ao banheiro,mas mães de primeira viagem entendem que tudo é novidade quando se está esperando.

Minha mãe me disse  que chorei dentro do ventre dela um dia antes de nascer,talvez eu já soubesse que o mundo me faria e não quisesse passar por nada.

Eu só tenho lembranças dos 5 anos para frente,quando eu comecei a sofrer preconceito por causa do tamanho e peso e falta de dinheiro, minha mãe ficava desesperada,ela mesmo tinha passado, mas por motivos diferentes primeiro por uma perna torta por causa de ter contraído Meningite logo ao nascer e depois por ser magra demais.

Mas a respeito dos filhos os pais não sabem muito o que fazer,eles não querem que sofremos .

A única coisa que hoje penso que teria me ajudado,que não colocassem minha obesidade como um defeito já que era uma criança extremamente saudável que nunca adoecia.

Minha família não tinha religião na minha infância ,mas quando as coisas apertavam alguém sempre me pedia que orasse pedindo para Deus que me concedesse a graça divina de emagrecer.

E quando reclamava que nada acontecia,falavam que não tinha pedido com força o bastante,o tempo foi passando e na adolescência eu cansei de pedir qualquer coisa e comecei a ter as primeiras crises,porque não que só gordos sofram na terra,mas eu era alvejada de tantos lados que tinha horas que pensava não poder respirar mais.

Mas todo ser humano tem a hora que entra em acordo com o que acredita,eu não acredito em quase nada,não duvido porque não vou tão longe.

Eu não acredito em religião e quando tentava me encaixar só sentia medo principalmente de um disco chamado A ultima Trombeta,aquilo é do mal não sei quantos anos tinha, mas não conseguia dormir com a ideia de alguém me levando da minha mãe ou sumindo com a minha irmã.

Porque acho que como a gula é pecado,gordos são acusados de ter gula demais então já me olhavam como a criancinha pecadora.

Bem era assim que me sentia e me sinto por mais que tento trabalhar com quem mora dentro de mim.

É claro que na adolescência me auto proclamava ateia até porque chocar faz parte,hoje não sei o que sou ,mas estou em paz com alma ou espirito energia seja lá o que for,não faço mal a ninguém de propósito pelo menos.

Mas se pudesse escolher preferia que nunca me apresentassem essa ideia de pedir coisas que quer muito,uma coisa que aprendi é que dos defeitos mil que tenho é que levo as coisas ao pé da letra isso explica minha falta de senso de humor e que mesmo quando falo sério as pessoas acabam por rir bastante.

Outra é que temos que acreditar em nós que somos perfeitos com a natureza ou causado por traumas não importa o produto final que reflete  do espelho é você e precisa saber lidar com isso.

Eu nunca soube lidar com as minhas necessidades,pode parecer loucura mas essa ideia de pedir e pedir e nunca conseguir me deixou muito fechada,não tenho a capacidade de ser ajudada hoje em dia.

Mas minha mãe só fez o que toda mãe faz tentou trilhar um caminho que ela mesma conhecia.

Mas que até hoje eu não reconheço como certo.

Ela ainda tem o mesmo sermão, mas  em outros objetivos da minha vida,tudo parece muito lento acontece só quando quer,quando o vento traz,como flui pelo vento vai e volta como é o que quero ainda estou esperando que funcione,mas tudo tem limite.

Se meus pais fossem ateus e me vissem com mais normalidade que sei que é impossível por causa da força externa que vem da sociedade,mas se acreditassem mais em mim talvez tivesse passado menos por tantas tempestades dentro da minha cabeça.

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