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Esperança como meta.

 Fazia muito tempo,que eu não sentia as coisas de forma aflita,talvez seja efeito colateral do medicamento novo o qual tem um custo que eu não tenho cú pra pagar.

Parece,olhando para trás de forma lógica que cada passo que eu dei,tudo que eu quis,as paixões que tive,nada teve algum sentido.

Ja me vi fazendo,ou pior até achando que queria algo,pra que isso me preenchesse.

Sempre tive medos,que eu nem entendia,mas estão todos eles deitados comigo aqui na cama.

Hoje eu tenho lagrimas nos olhos,um corpo que parece quebrado,por uma ou varias doenças que no fundo vem de um emocional que nunca recebeu cuidados.

Ser gorda me estressou muito,não foi com o espelho que eu briguei por muito tempo,

Achava que tudo que dava errado era por causa do peso,porque a maioria das pessoas se comunicava comigo por causa dele,meu corpo é meu cartão de visita o ponto de referencia.

Quando estava com mais ou menos 30 anos,muitas fichas começaram a deslanchar dentro da minha mente,comecei a ver que não era o peso o grande vilão de toda forma eu sempre estava meio irritada,cansada e com vontade de sumir,porém ao mesmo tempo eu tenho,uma paciencia uma vontade de dar amor que não sei explicar.

Agora com 42 anos veio o diagnostico de bipolaridade e todas as peças começam a se encaixar,porem estou de luto,porque tenho a desconfiança que algumas características minhas nunca irão mudar,a minha vida não muda como um todo,mesmo com cenários diferentes,é uma pena,mesmo depois de muita terapia sempre vou sentir ansiedade em lugares cheios e se eu ir,dependendo da época nem sair de casa é confortavel só o faço com muito esforço.

E que provavelmente vou ficar irritada sem sentido.

Com vontade de emegir em silencio absoluto.

Desde que fui mãe fiquei sentido,uma responsabilidade absurda,como se fosse uma forma de consertar algo quebrado do passado ou mostrar a certas pessoas como deveria criar um filho.

Nesse momento da vida eu só sou mãe.

Algumas pessoas podem ate dizer que bonito,mas é degastante e a culpa nunca é do filho.

Mas eu estou criando sozinha.

Fico frustrada e preocupada sozinha.

Tenho que prover a maioria das coisas sozinha,porque uma pensão baseada em salario minimo,nao é a metade de que uma pessoa precisa pra crescer de forma saudável.

E eu não trabalho fora de casa,porque preciso ficar cuidando do filho pra ele nao se machucar.

Beneficio do governo ja foi negado uma vez ,agora na segunda nem reposta vem.

Eu nunca precisei de caridade antes da pandemia,ja tive épocas e bastante que vivia em insegurança alimentar.

Eu sobrevivi a alguns episódios que eu nem sei como.

Tantos abusos,bullying escolar,nunca ser aceita pelo peso,relacionamentos domésticos tóxicos,porque eu nao fazia ideia e nem faço ainda o que é amor de verdade.

Eu sempre tive esperança em dias melhores ate em ser enxergada finalmente pela vida e receber uma ajudinha.

Afinal eu sou um robô que cozinha,limpa,educa,os dias passam eu faço varias coisas nenhuma delas fica boa,serviço de casa parece um castigo infernal que nunca acaba.

Provável que o resto da minha vida seja assim,se algo de extraordinário acontecer como eu ter uma ideia,valida e a executar por exemplo,apesar de tudo sou uma pessoa que aprende quase tudo e fica boa no que faz,mas tem um tedio quase do tamanho da perspicácia,mas eu não consigo sair desse ser deprimido que me habita nesse momento.

Sempre uma sombra dizendo que eu nao posso ser eu.

Preciso ser nós.



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