Esses dias estava vendo um vídeo,de um canal do you tube,estavam dissecando que no fundo tudo que fazemos ainda tem haver com a criança interior da gente,tudo que essa criança percebeu do mundo a constituiu,os bullying (precisa de uma palavra em português pra essa)a forma que os pais a trataram mas é tudo tão sensível que acaba sendo caótico.
Eu passei a acreditar em vibração ,energias e afins depois que comecei a trabalhar com o corpo das pessoas,também aprendi que o corpo do outro pode ser perfeito ,mas isso não faz com que o dono do corpo goste dele,se gostar é se aceitar em um nível que pouca vezes vemos.
Eu acho que não exatamente me gostei,mas falavam tanto da forma do meu corpo,que gostar dele foi um ato de rebeldia....
Mas voltando as crianças é chato perceber nos relacionamentos que no fundo você é um pivete ranhento,que a forma como você se sente,aquela forma verdadeira,aquele sentimento que arranha lá no fundo que te diz que não,você não é capaz disso ou aquilo,que ninguém te ama se você não o agradar infinitamente,aquela sensação de ser invisível,ou sempre parecer que vai ser rejeitado.
E senhores e senhores,tudo que você acredita acontece.
E é triste isso.
Eu não sei quando foi a última vez que me apaixonei,acho que ainda era nós anos 2000,lembro que fiquei maluca o Pedro Calabrez do canal Neurovox,sempre explica que a paixão é um estado de demência,mas que não dura muito,ouvi um amém .
Mas eu me sentia viciada na pessoa,de quando a via o mundo todo fazia sentido.
Isso durou muito tempo.
E me deixou cega .
Agora com 4 décadas nas costas,eu jurava que tinha aprendido algumas coisas sobre mim,descobri que todos esses anos de terapia,não ajudaram eu ainda me interesso por homens que não tem o mínimo interesse em mim.
E eu fico me castigando com o que eu sinto,se pudesse eu me batia de verdade,mas chega a ser engraçado se for analisar são todos tão parecidos,pessoas com muros em volta,da mesma forma que eu vivo.
Se for pra eu falar pra uma pessoa que tenho interesse nela para mais que uma vez,eu prefiro arrancar um dedo meu,tenho vergonha não consigo interpretar de outro jeito.
Não tem nenhum lugar no meu inconsciente que aceita ser amado,não sei qual foi o crime que cometi,mas eu não espero muito sentimento dos outros,me sinto diferente em vários aspectos da vida,e nada nem ninguém consegue mudar isso,porque a única pessoa que conseguiria seria eu mesma enfrentado a questão,mas eu sempre faço de conta que não vejo.
Eu não acho que faço falta na vida de ninguém,talvez seja porque eu vivo muito bem isolada,não sei,eu amo as pessoas mas não necessariamente preciso viver grudadas nela.
Que não é o caso quando você se apaixona e entra em estado de demência,eu já nem me cobro mais tanto quanto antes,se somos formados da criança que éramos eu já venci muita coisa na vida,porque fui abusada e isolada socialmente várias e várias vezes.
Eu sempre fico esperando que o outro tenha um mínimo de cuidado comigo ,enquanto só estou esperando quando a pessoa vai me rejeitar e de uma forma muda,palavras nunca são ditas a mim.
Não acho que preciso de alguém pra ser feliz,porém é complicado não tenho conseguido ficar totalmente sozinha no meu canto.
Mas não sei quanto leite vou precisar dar ,para essa criança que vive dentro de mim.
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