Psique

 Eu livro aberto,

Que não sei ler,

Esses traços errantes,das almas perdidas,

Flores de narcisos,

Esgoto a céu aberto,

Traços de transtornos,

Explodindo no céu,

Das vaidades do eu.

A sensibilidade do seu próprio entender,

Coadjuvando, pensando que entende os livros,

Todos querendo lugar no palco,

Enquanto alguns fogem para ultima fileira,

Todos sempre tem resposta a problemas alheios,

Porque não entendem,seus pormenores,

Somos traços de química,

Traços de eletricidade,

Moldados a memórias e confusões internas,

Não importa quanto parado esteja,

A terra continua girando.

A marvada culpa.

 Carrego o peso do mundo,

Na mente,

Nos ossos,

Nos assentos e camas que se quebraram.

Enquanto descongelo da falta de sentir,

Sinto muito....

A complexidade dos fatos bate na carne,

Eu quero poder,

Mas as amarras internas puxam o cabresto.

Aí dores difusas,

Sentimentos complexos,

Se fundindo criando um ser que me apresentam,

Todo dia uma nova descoberta,

Porém dói de forma obstante sem sentido...

São dores de coisas que morrem,

Coisas que também nascem,

A esperança que carrego sempre comigo,

Sorri feito um recem nascido.

..........

 Enquanto a vida vaga,

Sinto a pressão da espera,

Ainda não entendi o script dessa bosta.

Quando paramos,

Para aonde vamos,

Afinal sou passiva,compulsiva, entretida,

Tristeza solidao ou fogo?

A vida da descanso quando?

Mesmo se gritasse ate o pulmão explodir quem poderia ouvir?

Estou me esvaindo enquanto respiro transpiro e repito ordens,

Minha presença é realmente necessária....

Estou tão tão tão cansada.

Cheia de razão.

 As vezes me falta pensamento mágico....

Eu nunca sei quem está operando a minha máquina,porém essa persona não é despida de medo,sei que me agarro aos meus conceitos de vida,como uma onça com a presa nos dentes.

Com força,as vezes na base do ódio.

Envolta em pedras na minha torre,dependendo do humor,talvez seja um calabouço com meus grilhões enferrujados.

E esse cansaço que me acomete,me sinto num tiroteio,sem colete.

A dor se junta ao cansaço e me consomem,a vida cotidiana da gente nos força a aceitar as coisas como são.

Eu não entendo dessa coisa que todos parecem saber,ou aceitam como fato consumado.

Essa forma analítica de ver até como se sente o dedinho do pé,mas ao mesmo tempo não lembrar que tem um corpo.

A vida anda sem sal nem açucar,não tem felicidade nem tristeza,tenho a concretude que me é impossivel  alterar as pessoas ,eu deveria então deixar pra lá,mas sinto que não posso.

Aquela guerreira de lutas perdidas,mas que mesmo sem forças ergue o escudo,e tenta atacar com a espada.

Eu não posso gritar que sei que o que me diz que é amor na verdade não o é.

Muito menos que cresci sem crescer realmente,essa mente de menina de 6 anos,sem defesas perante adultos.

Espelho cansado de me mostrar sinais de alta idade.

Eu não me sinto insegura,me sinto indefesa.

Deserto solidao.

 Um

Dois

Três pingos.

Pof..

Pof…

Pof…

Uma vez disseram,

Quando incomoda,é porque aí dentro tem.

Voz interna grita aos montes,

São só resquícios minha senhora,

Algumas coisas que retém.

Porque te explicas?

Pensamento pensa e pensa,

Vixe a resposta não vem…..

Cri

Cri

Cri

Grilo vai embora já!

Tem muito espaço vazio,

Me deixar aí cantar?

Cegos todos são a problemas alheios,

Diz tremendo o medo…..

Voz interna irritada novamente,

Mandando mensagens confusas,

Imagens,imagens aquelas ali.

Criança sentada emburrada?

Uma mãe exacerbada.

São a mesma pessoa?

Quantas perguntas sem respostas diz a vida.

Mãe esgotada,diz com todo carinho a ela.

É só hoje amanhã melhora,

Criança num ódio danado,

Até parece que já conheço essa história.

Aos prantos criança não colabora senta no vão e chora…

Mãe esclarecida tenta acalentar,

Criança birrenta continua a chorar,

Mãe exagerada pede um descanso,

Criança birrenta esquece o pranto,

Dedo em riste aponta para mãe sozinha e parecendo triste,

Você nunca cuida de mim,

Aqui presa pra sempre,

Uma detenta da sua falta de coragem.

Mãe olha para o pensamento e espera alguma resposta,

Vida se mexe cheia de incômodo,

Medo acha que melhor seria morar ali.

Nesse deserto isolado da alma,

Mãe e criança,

Unidas se fundem.

 Pensamento,Vida e Medo continuam.