Não sou sincera,quando digo a verdade.
Esperam de mim,porque já alcancei idade.
Na realidade,quero fugir de tanta maldade.
Eu não sou madura,vou fugir da cidade.
Estou entendendo,que esperamos.
A nossa vez,mesmo que não tenha palco.
Por dentro meus instintos gritam,olha tanto e na realidade não me vê.
Parece perscrutando,procurando míninos defeitos.
Sabe que sou feita de estilhaços,quando ando ouço os pedacinhos se batendo.
Nesse grande colchão de agua,que acabei me tornando.
Não sei quem sou nesse entalhe social, tão não do meu feitio.
As vezes,fico tão ser ar,penso que logo vai acontecer,meus medos todos transformados.
Em colegas de caminho,me acompanhando nesse rio.
Sempre ouço que medos te impedem,de ser quem você é ou de ir aonde quer.
Mas não é esse tipo de medo que me move.
Porquê não quero ir em nenhum lugar com bom grado.
Quero ficar estática, não ter nada com responsabilidade.
É uma fantasia, ninguém é livre pra ser um pé de chuchu.
Já vivi dentro de outra pessoa, Já tive uma pessoa dentro de mim.
Nascemos com gosmas,choros e a mínima noção da bosta,que vai ser dali em diante.
Mas os anos vão passando no telão, tudo vai ficando mais pesado e dolorido, enquanto outras coisas perdem totalmente o peso de antes.
4 décadas de vida, não faço ideia se vividas ou sofridas.
Queria ser uma planta..
Sei que ainda vou ser alimento delas mesmo.
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