Uma certa vez,um psicólogo que aqui entre a gente ,foi o último que tive o prazer de ser paciente,me disse que o diagnóstico podia nos definir,tive a impressão e nem lembro exatamente se ele usou essas palavras,que isso podia ser usado como uma crença limitante,claro que ele por ter estudado por anos,devia me ver em algum perfil,eu não entendo muito de psicologia,sempre evitei,livros ou alguma coisa do gênero,sempre percebi que eu me fechava a 7 chaves com 4 cadeados um fosso e uma ponte elevadiça quando qualquer ser humano tentava me ajudar a me perdoar, de coisas que nunca fiz, porém vivi.
Agora alguns anos depois, não entendo porque ele não percebeu,que muitos dos meus comportamentos,se encaixam perfeitamente no TAB.
Eu tenho fases e fases na vida,1 mês tem várias mudanças hormonais,eu presto tanta atenção em mim,que juro em algum dia ruim,acredito de verdade que a minha fibromialgia é culpa da minha necessidade de auto percepção, não faço ideia se essa conjunção de palavras existe,mas nunca menti dizendo que entendo de regras ortográficas,precisa ver o quanto ja matutei aqui,se estou acertando essas malditas virgulas.
Mas se errei também fodasse né, só se "veve" uma vez na vida.
Agora ja com alguns anos de diagnóstico e tentativas de tratamento,pra quem acha que eu fico aqui só vendo nuvem passar não entende quanta esperança e esforço eu faço e sinto, pra me sentir melhor nem que seja um tiquinho.
Sinceramente,cheguei em um ponto que não sei se algum dia as químicas do meu cérebro vão se acertar,ou se o meu dia dia como, mãe de autista vai ficar mais leve,e eu finalmente vou saber de verdade quem eu sou.
Além de ficar o dia todo respirando,pra não surtar,porque sei que, não vai adiantar porra nenhuma,se eu reagir ao que eu passo em casa como mãe,vai ficar tudo,mais fora de controle do que é.
Sei lá se me falta, orientação profissional(o qual pelo jeito terei que pagar se algum dia,por um milagre da Deusa o bpc for liberado.
Puxo na memória,que depois que chegou a puberdade e que ajudei a causar alguns traumas,(divórcio o nome).
A minha vida como mãe se tornou,o fusca sem freio,pegando fogo descendo a ladeira.
Eu lembro de como é horroroso ser adolescente,foi uma fase pessima da minha vida,agora eu sei que o que eu sentia,era sim depressão,mas também o excesso de preconceito que acabei tendo que sentir na pele, ser bem mais gorda que todo mundo,a minha vida era um eterno não,na minha mente, ficava aquela bagunça de comentários que nunca pedi,eu tenho um grande problema com memória, eu não consigo esquecer as coisas que me falam, principalmente as negativas,e aparentemente eu me traumatizo com uma facilidade tão grande,que queria poder fazer piada do meu inconsciente,mas eu sei que ele vai quebrar,e nenhum divertidamente vai conseguir equilibrio,no meio desses caos,que eu chamo de vida.
Falando em divertidamente,tem algum que chama drama,porque eu tô me sentindo , extremamente canceriana nesse momento.
Mas nem pra ter dó de mim,eu sirvo.
Sempre me culpo,sem dó ,nem piedade.
E não queria ser tão sensivel,chorar ouvindo musica,se arrepiar com alguma emoção alheia,complicado sair de uma fase de anedonia,pra uma que qualquer coisinha acho emocionante ao ponto de lacrimejar,e as vezes até abrir um berreiro.
Ou rir em plena madrugada do som esquisito que posso fazer ,com um massageador de pontos,em cima do pulmão .
Tem dia,que eu ja sou a personalização do fodasse,me prefiro assim ,mas essa personalidade não fica comigo muito tempo, como ela não me deixa dormir,talvez seja o melhor pra nós.
Tem certas coisas na vida,que só entende quem passa pela mesma coisa,talvez nem isso,por exemplo quando digo que tenho fibromialgia e a pessoa diz tbm ah, também estou sempre com dor.
Se você não tem um diagnóstico médico,a sua dor não se pode comparar com a minha,
Mas entendo que dor incomoda, vivo com ela ,24 horas por dia.
O que eu acabo sentindo,é aquela sensação,minha adolescente fica la de canto,sorrindo,vai fala mais de si,idiota pra ficar no vácuo de um buraco negro.
Mas chega de falar de mim,vou tentar dormir,e ter pesadelos,afinal é o que tem me restado.
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