Buraco,
Buraquinho,
Buracão,
Solta essa pá menina,
Tudo bem sem pressão,
Humano boboca cheio de buraquinhos para tapar,
Vamos lá,
Pegue logo a pá,
Não sei lidar com o que eu sinto,
Então terra jogarei,
É tão divertido esconder ele desse jeitinho,
Mas terra pesa mais que ar,
Humano boboca vai ficando pesadinho,
Mais um punhado e não mais vou agüentar,
Mas aí choveu,
Todos aqueles buraquinhos se tornaram um só
Na erosão da emoção contida,
Mas a pá é minha,
Eu sou também,
Porque será que o cérebro canta,
Não é não não não,
As vezes me nego no espelho,
Mesmo me vendo tão nítido,
Talvez vou plantar flor no buraquinho,
E me deixar florecer acontecer de verdade,
E não mais tapar buraquinho.
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