2022 não é de forma alguma para amadores,sei que um ano tem 365 dias,porém nessa epoca quando,vejo o restinho,me sinto desligada de mim,como se minha bateria estivesse chegando ao fim.
A um ano e meio vivo numa realidade que quero manter,mas tem havido,obstáculos.
Afinal nós mulheres quando desistimos do casamento me parece meio implícito que abrimos mão de ajuda ,não falo do financeiro,afinal "crianças são complexas e eu me sinto dividindo o coração com o meu filho.
A questão que pelas,necessidades que ele tem,para viver bem precisa de ambientes equilibrados,o espectro autista é chamado assim porque nenhum autista é igual.
O daqui traumatiza com muita facilidade,como a mãe dele,também mostrou isso a vida toda, desconfio que esteja na nossa arvore genealógica.
Eu me sinto sozinha nessa luta,socialmente falando,eu tenho que entender um aspecto de como a mente dele funciona,ver perfis pela internet,ler artigos,eu também sou neuroatipica e venho tentando me entender,nessa massaroca que minha vida é.
Enquanto preciso prover ele e cuidar ao mesmo tempo,porque eu sou responsável pelo bem estar mental e físico.
As pessoas dizem você tem um companheiro,meu filho é um homem ótimo,mas sou responsável por ele.
Estou em uma fila no Inss desde julho,para que receba uma ajuda e não fique tão preocupada,mas negaram uma vez e provável que o façam novamente.
Engraçado como esses programas ainda não funcionam bem,só é dado a familias em situação extrema de pobreza,eles negaram a primeira vez porque eu ainda era inscrita no das,eu continuei pagando o imposto porque tinha feito um curso que tinha uma renda, que me ajudaria passar mais um mês.
É óbvio que conto com ajuda financeira,esse ano está acabando,eu estou cuidando da minha saúde mental e mais uma vez minha saude fisica me abala,tenho fibromialgia a uma decada praticamente,eu lutei muito contra a depressão e sedentarismo,porém a saude fisica aparentemente vai ser outro trabalho árduo para conquistar.
Eu mesma não sedentaria e nadando me expondo ao sol entrei mais em depressão e estava com a vitamina d baixa,que já é conhecida em aumentar quadros depressivos e de dor no corpo.
É justo expor as coisas no mundo?
Sempre me pergunto isso quando alguém escreve um texto ou fala de algo que dói compartilhando.
Diz se da empatia que ela é capacidade de se colocar na vida do outro,doenças invisíveis feito as minhas doem,doem muito mais,porque em algum momento da sua vida,a dúvida estará nos olhos de alguém,voce acaba duvidando dos proprios sentidos.
Eu concluí que não tenho mais espaço para compreender,acho que precisou abraçar as minhas lutas,o que me carrega é a esperança que eu tenho em dias melhores,sabe é realmente uma luz quente e reluzente aonde,não mais se enxerga.
Eu sou uma gorda maior,as vezes não vou poder sentar aonde eu vá.
Meus joelhos estão querendo ferias de mim e entraram em greve...
Sou neuroatipica e as vezes meu humor muda muito e mesmo assim faço cara de paisagem,me preocupo com o bem estar do meu filho.
Eu realmente acredito que aonde à fé a esperança e eu tenho sim esse sentimento que vai ficar tudo bem,so aguenta mais um pouquinho.
Meu filho é uma pessoa cativante,tem amor pra dar e eu tenho tanto orgulho que dói.
Tenho medo que esse mundo futil o machuque.
Em um mundo perfeito,todos nós entenderíamos um pouquinho sobre as questões dos outros e aceitaríamos melhor a adversidade ,que de tão diversa é multicolorida.
Falta respeito as vezes.
Mas eu também quero dizer que ja cruzei com humanos extremamente carinhosos,que dão a atenção que ele merece e essas pessoas tem uma pedacinho de alguma bondade que eu ainda tenho por dentro.
As vezes me pergunto como foi que cheguei ate aqui.
Foi fazendo boas e más escolhas,confiando e desconfiando.
A vida é um conceito,cada um tem o dom,de sobreviver tempo o bastante para que a vida nao seja desperdiçada ja que é curta.
Finquei as raízes agora espero os frutos.
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