Impotencia perante o luto.

 Sinto

Só sei que sinto,

Sinto,sinto  e muitíssimo,

Tempo é um negócio importante e inóspito.

No tempo que a areia,escorrendo,naquele treco  transparente, qual a minha memória engoliu o nome,

A areia passa por um buraquinho,no acordo que fez com a gravidade,

Eu não lembro de acordo nenhum.



Eu sinto tanta coisa ao mesmo tempo

Coisa é uma boa palavra,

Pra tapar buracos,

Mas não tem relevância no espirito,

Poxa, não tem Coisar no português formal,

Afinal sentimentos precisam de espaço vazios pra brincar de pega- pega.

Eu aqui não consigo me mexer, porque meu sistema geral entrou em pane.


Dores e ranger, músculos fazendo barulhos nunca vistos,

Essa tensão de quem precisa fugir de algum perigo eminente…

Afinal são clamores de algum passado?


Parece tão frágil, quando seu peito aperta e as lágrimas e gritos querem sair,


E enlouquecendo grito ao vento,

Enquanto engulo insetos,

Me machuque,sinto falta do teu ódio,

Parece que assim você me amava,

E alguma parte de mim vibrava,





Eu choro porque sinto, que não tenho mais conserto.




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