julho 29, 2025

Dores embaladas.

 Toda vez que a parede rui

Perdida fico,

Não tem condições,

Quem embala o neném,

Aonde mora meu suporte,

Tem paz ai?

Nana neném que a depressão vai te pegar,

Você vai crescer e ver,

Sentir,

Que é tudo você.

E senão aprender a se embalar,

Não vai aguentar.

Balde de agua fria

 Acho que uma coisa em mim,que nunca combinou foi a feição séria e o que eu sou por dentro.

Que é uma sonhadora,fazedora de ficção,que vive com os pés no chão,e a cabeça lá na lua.

Eu não consigo acreditar que tudo vai ser assim pra sempre, tão pesado a ponto do corpo doer inteiro,porque a vida realmente acha graça de derrubar na minha cabeça de vento,baldes de agua fria.

Eu só sei que dia a dia o peso vai aumentando e vou suportando.

Todo dia tem que ser analisado,verificado .

E parece que não estou fazendo nada demais.

Mas aí fico perguntando a vida,que se fingindo de muda tira uma da minha cara.

Eu não consigo ter crenças que me bastem,como se acreditar em vida apos a morte por exemplo servisse de algo pra aguentar lidar com gente nessa vida aqui.

Eu não entendo as pessoas,elas de propósito ou pelo prazer de fuder com a mente dos outros, não aceitam os fatos da vida e se puder complicam a vida alheia.

As coisas vão acontecendo,eu olho respiro,surto choro e dou risada ,tudo ao mesmo tempo,porque a minha vida deve estar sendo dirigida ,por algum doido,que isso seja algum filme mal feito de alguém.

Não é possivel que toda essa coisa seja real.

Que em uma vida de 4 décadas e meia,possa rolar tanto fato nefasto.

Minha vida tragédia em 4 atos,

Mas eu nao deixo,

De ser feliz,

Nem no meio do caos,

Nem com presságios,

Escritor da minha vida pare de me odiar.

Fim

julho 25, 2025

A beira

 Olhei a beira,

Com medo olhei ao fundo,

Com ansiedade olhei aos lados,

Com sobriedade constatei a realidade.


Cansei,

As vezes canso de ser tão crua e nua,

Continuo vagando ,

Dentro de mim,

Como sempre fui e serei,

As vezes sei que errei,

Porém também sei que não podia,

Construir cenários ,

me cansa a alma,

Por mais que na minha loucura de mostrar quem não sou,

Me soe necessário em algum aspecto da minha alma,

É doído essa dor,

De saber quem ninguém quer te ler,

Então no desespero de aceitação,

Você passa varios panos no chão,

Molda aquela máscara de um sorriso,

Mesmo desesperada por suporte,

Não pode

Não pode chorar

Nem sorrir,

Nem tentar saber quem é,

Somente reza para que sobreviva e consiga remar contra a maré.

julho 18, 2025

Que nem

 Nem

Nada

Escada

Cima e baixo,

Afago,pele, contato.

Você aparentemente sente,

Os olhos projetam,

E nessas sinapses,

Coisas apesar de serem coisas,

Querem também,

Serem vistas...

Imagem,ver ,sentir

Aquela margem,

Ah!

Eu era um ser de tão juvenil,

Obcecado naquele controle,

A cada 3 passos tem um buraco,

Aquele buraco fundo,

Buraco que engole o mundo.

O olhos de serem vistos,

Cansaram,

Partes de um holograma que repete,

Se mantenha inteira,

Não pise descalço, há vidro naquele chão.


É uma pena que hoje,descobri eu ,nas mais certeiras representações do passado longínquo.

Que cada parte de mim tem representações que eu nunca apresentei,

Que ainda vivo no fusquinha descendo a ladeira sem freio e todo cheio de fogo.

E que reluto em assumir,

que você me olhe,

Contudo queria que me visse com meus olhos.

Impossível!

Infelizmente disso eu ja sei.