Não sou sincera,quando digo a verdade. Esperam de mim,porque já alcancei idade. Na realidade,quero fugir de tanta maldade. Eu não sou madura,vou fugir da cidade. Estou entendendo,que esperamos. A nossa vez,mesmo que não tenha palco. Por dentro meus instintos gritam,olha tanto e na realidade não me vê. Parece perscrutando,procurando míninos defeitos. Sabe que sou feita de estilhaços,quando ando ouço os pedacinhos se batendo. Nesse grande colchão de agua,que acabei me tornando. Não sei quem sou nesse entalhe social, tão não do meu feitio. As vezes,fico tão ser ar,penso que logo vai acontecer,meus medos todos transformados. Em colegas de caminho,me acompanhando nesse rio. Sempre ouço que medos te impedem,de ser quem você é ou de ir aonde quer. Mas não é esse tipo de medo que me move. Porquê não quero ir em nenhum lugar com bom grado. Quero ficar estática, não ter nada com responsabilidade. É uma fantasia, ninguém é livre pra ser um pé de chuchu. Já vivi dentro de outra pessoa, Já tive um
A vida ela não rima sozinha? Ávida concorrente, É um ímã quebrado, Muda os polos, É um espírito encostado, Sinto, mesmo quando não consigo sentir, Aonde você esconde, Aquilo , Não dá pra continuar de onde parou, naquele dia que chovia, Olha,a chuva acabou. Rolou pedras, E aquele assunto ainda na mente, Porém não tem perspectivas que aguentem, Você , O meu eu, Aquilo que éramos juntos, Era errado, Aí parecia tão certo ... Confuso , Chorei, Enquanto sua expressão de tão fria, Me congelava. Aí eu ficava feliz, Do nada achava, Que acharia um quentinho, Pra me encostar e lá pra sempre ficar.,. Enganos, Se feição tive. A rodo, rodava enquanto ria e ia, Saí quase toda daquela escuridão, Mas de memória conheço o caminho, Ainda sinto que deixei uma partículazinha, Naquele antro escuro e duro. Tantas máscaras usei... Que até agora nem sei, Se tenho face, Se tive brio, Ou se vivia afundada em vergonha, Até hoje não sei se gosto de pamonha.