EU NÃO ACEITO AS COISAS COMO SÃO....MUITO MENOS ENTENDO.

Estava eu no escuro, Quando topei em você, Eu sei, Você também não podia-me ver, Foi coisa de pele, Puro arrepio, Nem senti mais vazio. Foi tão brusco e sincero quando, Amanheceu nas nossas vidas, A luz entrou sem ser pedida, Luz danada intrometida, Pensei que não ia curar nunca nossas feridas, Mas parece que escureceu de novo , A cegueira do excesso de luz partiu, Mas ainda estamos perdidos , Só que no nevoeiro, Úmido, gélido ,porém mais verdadeiro, Pode seguir o caminho que acompanho sua voz daqui, Fique tranquilo, Pode ir......

Sempre penso, Se é para fazer sentido, Essa coisa de dois mais um, Queria que alguém me perguntasse se estou bem? Estranho sei que existem seres a minha volta , Mas não vejo ninguém, Está todo mundo preocupado com alguma coisa! Eu não consigo ver nada do que os zumbidos sussurram, As vezes, Não queria ser tão invisível, E que alguém me notasse, Queria poder reclamar ,sem gritar, Porque ninguém ouve meus lamentos? Por mais alto que grite, E eu fico com o peito doendo, De tanta coisa presa aqui dentro, E que sempre estou tendo que controlar minha raiva, Queria receber parabéns sabe, Por saber reprimir tão bem, A minha solidão , Mesmo querendo um afago, Eu sei ficar quieta, Pelo menos eu vivo tentando, Tem dias que são mais difíceis que os outros. As pessoas sempre confundem , Que se tiver isso, Vai ser assim, Se eu tiver aquilo outro vou ser feliz, Mas não, A vida só é cartas jogadas na mesa, Você junta o que dá , Solidão acompanhada e ainda tem mais um

Ainda não estou pronta, Falta fazer milhões de coisas em mim, Falta isso falta aquilo, Não não está bom, Não não estou em negação, Não vejo nada de mim na TV, Absurdo, absurdo, Porque era para gente se ver, Falta tom certo de pele, Medida certa de cintura, Roda a roda gigante, Da vida, Vem ne mim doce amargo , Que loucura, Falta forma na minha sobrancelha, E que meus peitos fiquem levantados, Para serem exaltados aos céus, Enquanto fico no meu quarto, Vagando nos meus defeitos, Ficando louca pelos meus medos, Eu também penso que vai ter no jantar, Em que hora vou esquecer de tudo, E finalmente descansar.

Quem sabe confiar, Tem que saber entender e perdoar, Tombos deixam a casca dura, Vem a idade mata os sonhos infantis, Mas mais fácil é deixar rolar, Aprender que mentira é forma de proteção, Talvez ia doer ouvir um não, Mas deixe,deixe rolar, Lágrimas frustação, Um dia eu aprendo, Você aprende a ter compreensão. Porque estamos assim, Aqui agora deixando tudo no vão, Então espero confiar, Mesmo sabendo que vão me machucar.

As vezes quero ir além, Flutuar em nuvens, Ver coisas mais coloridas, Não pensar até a cabeça doer, Mas tem dias que queria ficar alienada , Talvez,saudável seria, Por anos, Desligar minha humanidade, Deixar que tudo siga sem minha interferência, Que notem, Que se ausenta, Mas deixa estar, Deixa como está , Tenho felicidade aonde sente repulsa, Não vou me alienar, Vou juntar os pés, E aqui plantada ficar.

Um dia , gritou comigo, Eu gritei de volta, Estava assustada, Estava apavorada, Queria que o grito ficasse com medo, Que sentisse que tinha poder, Descobri que nem voz ainda tinha, Era eu no mundo grande, Porem pequenininha, As vezes ainda sinto um som estridente, Só sei rangir dentes, Então o grito foi ficando, Cada dia mais forte, E eu mais perdida ainda, Eu cresci e não tenho voz ainda.

Porque travei uma guerra, Ergui muros, Criei mundos, Sou segura aqui. Acho que passei metade ou mais da minha vida adulta que considero os últimos 10 anos me desconstruindo, nossa não cheguei nem na metade desse longo caminho tem dias que queria uma cegueira para deixar de ver as pessoas de forma tão superficial como eu vejo, sorte que tenho ferramentas que mostram meus erros bem na hora que os estou processando, mas não tem sido nada fácil para mim o que já foi verdade hoje é só uma nevoa que fica flutuando por cima como um disfarce. Eu sei que esse pico superficial é mais forte na adolescência sei que crianças podem ser más, adolescentes são piores eles excluem você quando você não cabe muito dentro da “forminha” aquilo que chamam de normal, aquilo que mata uma parte de nós que adoecemos em busca de normalidade, eles são o que a mídia usa,  porque todo mundo está perdido nessa época da vida não sabe muito o que esperar e de alguma forma estamos totalmen